sexta-feira, 22 de junho de 2012

Pausa para agradecimento


Foi um ano de muito, muito estudo, muito esforço e muita dedicação para aprender essa língua tão nova e difícil, o alemão. A língua do meu novo país, com a qual eu não poderia trabalhar com o que tanto amo, a enfermagem. Esse mês recebi a maior prova de todo esse esforço e do amor e fidelidade de Deus na minha vida: o resultado do TELC! Sim, eu passei, mesmo tendo feito só o nível B1! Sei que se trata somente de uma prova, que isso não quer dizer que eu fale o alemão fluentemente, mas é pra mim uma grande conquista, mais um obstáculo ultrapassado, mais uma vitória alcançada, sempre com a ajuda de Deus.

 

Obrigada a todos que estiveram comigo nesse tempo, aos professores que me ensinaram com tanta paciência (lembro-me como se fosse hoje meu primeiro dia de aula de alemão, a professora falando comigo e eu não entendendo absolutamente nada!), obrigada pelas pessoas que me ajudaram no estágio, foi essencial para lidar com minha insegurança e melhorar a fala, pelo apoio incondicional do meu marido, pela família que mesmo tão longe, sempre torceu por mim. Obrigada em especial a Deus, sei que sem Ele não teria chegado até aqui. Obrigada meu Pai! E vamos em frente, que a caminhada ainda é longa!

 

“Ora, àquele que é poderoso pra fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, à Ele seja a glória.” (Ef 3:20,21)

 




quinta-feira, 14 de junho de 2012

Florença


Florença foi a última cidade do nosso roteiro. Apesar de Florença fazer parte da Toscana, ela fica meio que na parte central da Itália. Além disso, ela ficou por último por ser um pouco mais distante e por ter o aeroporto onde pegaríamos nosso voo de volta para Suíça (nossos tios continuaram a viagem pela Itália de carro e nós voltamos de avião).

O tempo ficou meio apertado para conhecer realmente Florença, pois se trata de uma cidade grande também e com muita, muita história e coisa pra se ver. Então acabamos desenvolvendo nosso roteiro em alguns pontos estratégicos, já que o tempo ficou curto por conta do voo que pegaríamos no final da tarde. Eu acredito que lá, daria para se ficar tranquilamente dois dias inteiros, tem muito lugar interessante pra se conhecer.


Mas vamos lá... Diferente de Siena e da maioria das cidades da Toscana, Florença tem um estilo completamente diferente. Enquanto as outras tem um estilo mais medieval e gótico, Florença é totalmente em estilo renascentista. Tanto que dizem que Siena e Florença tem um histórico de rivalidade nas suas construções. É considerada a cidade berço do Renascentismo Italiano, ocorrido no século XV. Nessa época, foi considerada o centro cultural e intelectual da Europa, por ser rica (influenciada em grande parte pelos Medicis que governaram a cidade por quase três séculos) e ter uma atmosfera mais cosmopolita.

Nosso passeio começou efetivamente pela ponte Vecchio, a única ponte que não foi destruída durante a Segunda Guerra Mundial. Ela foi construída em 1345 e servia de passagem para a família Medici atravessar o rio sem ter que se misturar com o povo. Hoje, ela é lotada de lojinhas dos dois lados, vendendo em sua maior parte joias (prata e ouro). Tanta coisa que você nem sabe pra onde olhar!

Vista da Ponte Vecchio
Lojinhas de jóias por todos os lados!
Da ponte, fomos direto para a Piazza della Signoria. Essa praça, foi durante séculos o coração da vida política e social de Florença – era lá que aconteciam reuniões públicas e eventos da cidade. Nessa praça estão várias esculturas, dentre as mais conhecidas, a de Davi de Michelângleo (na verdade é só uma cópia, a original mesmo está na Galleria dell’Academia). Outra escultura interssante é a do “Rapto das Sabinas”, feita por Giambologna e esculpida em uma única pedra de mármore. Os detalhes e a perfeição com que essas obras eram esculpidas é impressionante!

Piazza della Signoria
Escultura o Rapto das Sabinas - os detalhes do corpo,
expressões faciais são  super interessantes!

Entrada do Palazzo Vecchio, com a escultura de
 Davi de Michelângelo à esquerda
                                         
Além disso, na Piazza della Signoria está o Palazzo Vecchio que cumpre ainda hoje o papel de prefeitura de Florença. O interior do Palácio foi reformado em meados do século XVI, quando se tornou a moradia dos Medici, mais especificamente do duque Cosimo I. A maior parte dos trabalhos foi executado por Vasari e inclui pinturas que enaltecem os feitos do duque. É um palácio enooooorme e que leva um tempo para apreciar as obras que estão por toda a parte: tetos, paredes, esculturas...



Saindo do Palazzo Vecchio, resolvemos conhecer o Duomo de Florença. Mas aí a chuva começou a apertar e o conhecemos só por fora mesmo... Até porque o tempo estava se esgotando!... Mas mesmo por fora, é impressionante de se ver! É uma catedral revestida por inteira de mármore verde, rosa e branco. Levou quase dois séculos para ser construída e é a quarta maior catedral do mundo, realmente imensa!  Foi até difícil tirar uma foto em que ela coubesse por inteira...




Dali, encontramos fácil uma rua que queríamos passar também: a rua dos couros. É uma rua inteira, cheia de “camelôs” na rua e lojas que vende todo tipo de artigos em couro que você imaginar: cintos, carteiras, sapatos, casacos e por aí vai... Momentinho consumismo né. Não tenho ideia quanto custe realmente uma jaqueta de couro aqui na Suíça, mas certamente lá é bem mais barato que no Brasil. Como nunca tive uma jaqueta de couro, achei que essa era a hora de adquirir uma :) Paguei 130 Euros e achei um preço bem justo. Depois de passear por essa rua, só deu tempo mesmo de apreciar mais um sorvetinho italiano (o último da viagem!) e tomar nosso rumo pro aeroporto.

Gostei muito de Florença e sei que não conhecemos nem metade do que ela tinha pra nos oferecer. Que gosta de história e arte é uma cidade ótima pra se conhecer. Gostaria de voltar um dia. Quem sabe?

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Siena


Deixamos um dia inteiro reservado para conhecer Siena, por ser uma cidade maior e mais lugares para conhecer. No final do dia, achei que não valia tanto a pena assim ter ficado o dia inteiro, talvez combinar Siena com a visitação a uma vinícola menor ali da região tivesse sido uma boa pedida. Mas como não queríamos fazer nada com pressa, acabou sendo assim mesmo.


E Siena é realmente grande comparada a outras cidades que visitamos. E claro, também mais cheia de turistas. Tem um estilo bem medieval e muitas atrações para visitar. Segundo a mitologia romana, a cidade foi fundada por Sénio, filho de Remo e por isso lá se encontra inúmeras estátuas dos irmãos sendo amamentados pela loba. Bom, quando digo atrações nessas cidades, são na verdade, no geral Igrejas. Quem não curte muito, nem vale a pena gastar muito tempo lá.


Visitamos uma Igreja logo na entrada da cidade, a Igreja de San Domenico, que foi construída em homenagem à padroeira da cidade, Santa Catarina. Ela teve suas construções iniciadas em 1226, em estilo gótico. Ah sim, uma coisa que difere muito a Itália da Suíça por exemplo, é que as igrejas italianas são predominantemente católicas, enquanto na Suíça, a maioria é protestante. Logo, a riqueza de detalhes nessas igrejas italianas são bem maiores. Da minha parte, vou a essas igrejas para ver obras e pinturas de artistas da época e nada mais...

Bom, continuando, de lá, chegamos até a Piazza del Campo, uma praça enorme, cheia de cafés e restaurantes nas redondezas e um dos locais mais cheios de Siena, é claro. Lá se encontra o Palazzo Público e a Torre Del Mangia – essa construção é hoje a câmara municipal da cidade. A torre, que na verdade é um campanário tem um estilo gótico e 102m de altura, a segunda maior torre da Itália. É nessa praça que acontece anualmente o Palio di Siena, uma corrida de cavalos. É super tradicional da cidade e pelo que andei lendo, sempre lota muito a praça.

Piazza del Campo


Depois da praça, subimos até o Duomo de Siena, uma outra igreja, uma das maiores catedrais italianas, com arquitetura gótico-romana. É realmente lindo ver como naquela época se construíam igrejas desse porte, com uma riqueza de detalhes absurda! Claro que pra entrar nela, também tivemos que pagar (o que é de graça, afinal?).  Lá dentro, como a maioria desse tipo de igreja, tem muitas pinturas, esculturas e claro, muita história. Adoro ver como os caras, naquela época, com bem menos recursos que temos hoje, se preocupavam com cada mínimo detalhe, as pinturas são impressionantes, aquela coisa de noção de profundidade que eles davam às telas, os sombreados... Bom, não sou expert nessas coisas né, mas é muito interessante. Lá vimos algumas obras de Donatello e Michelângelo.

Duomo de Siena

Dentro da catedral

Os detalhes impressionam! 



Depois de visitar a catedral, subimos a Torre, que nos proporciona um vista muito bonita da cidade!

Lá do alto!
Ah, claro... Almoçamos em um restaurante lá que é maravilhoso! Se chama La Torre e fica em uma das travessas da Piazza Grande. É super pequeno, um monte de mesas juntinhas, com a cozinha a mostra. Logo na entrada, tem uma mesa cheia de massas frescas. Você escolhe uma das massas e normalmente há dois molhos do dia – você escolhe um deles também. A massa fica pronta rapidinho e é maravilhosa! Um dos melhores lugares que comemos. Por isso, recomendo demais esse restaurante!

Quando saímos de lá já era meio tarde, então resolvemos dar mais umas voltas pela cidade e já pegar nosso rumo para o hotel...

terça-feira, 5 de junho de 2012

Montalcino, Montepulciano e vinícolas


As duas cidades, Montalcino e Montepulciano são também bem pequenas e ficam teoricamente próximas uma da outra. Digo teoricamente porque apesar da baixa quilometragem, as estradas lotadas de curvas tornam a viagem um pouco mais longa.

Montepulciano
Montepulciano foi a primeira cidade do dia e assim como as cidades menores, também fica no alto do uma colina, cercada por muros. Assim como Montalcino. Parece uma repetição chata né, mas cada cidadezinha tem sua peculiaridade e beleza.  Ambas cidades ficam rodeadas por plantações de oliveiras e claro, vinícolas. Cada uma com seu vinho típico.

Montepulciano
Montepulciano é conhecido pela qualidade de produção dos vinhos Nobile e Montalcino, pelos vinhedos produtores do Brunello. Já deu pra perceber que o dia foi dedicado aos vinhos né?!  As cidadezinhas foram um passeio e curtir as paisagens de cada uma delas foi maravilhoso, mas o melhor estaria por vir no final da tarde: a visita a uma vinícola. Afinal, o que é vir até a Toscana e não visitar uma vinícola né?!

Vista de Montalcino da estrada
Montalcino e as inúmeras Enotecas

Ahhh essas vielinhas...
Antes da vinícola, queria deixar registrado aqui que viajar pelas estradas da Toscana também são um passeio maravilhoso. Poder apreciar as paisagens, aquelas plantações enormes com aquelas casinhas de pedra lá ao fundo, parar de vez em quando na estrada, tirar umas fotos... Isso tudo faz parte de curtir a viagem. Mas se você se enjoa fácil, leve um remedinho, que é curva que não acaba mais...

Pausa para agradecer a Deus!
Que vista lindaaaaa!
 

Depois das duas cidadezinhas, fomos conhecer a vinícola Banfi, que fica no Casello Banfi. É um dos maiores produtores de vinho Brunello ali da região e como uma vinícola grande, talvez tenha me decepcionado um pouco e ver uma produção mais industrial do que artesanal, apesar deles tentarem manter toda a tradição.

Castelo Banfi
Nós, as vinícolas e o Castelo lá no fundo

Na verdade, o primeiro dono e fundador da vinícola é filho de pais italianos, mas nascido nos EUA. Após a morte do seu pai, a tia dele teve grande influência em sua criação, o influenciando pelos gostos e sabores da Itália. Ele começou na verdade, importando vinhos italianos do tipo Lambrusco para os EUA e só depois iniciou a produção de vinhos.






O passeio, pra quem, como nós curte vinhos é bem interessante. Saber dos tipos de uvas, barris, envelhecimento do vinho, todo o processo e tal, é muito legal. O passeio em si é de graça, mas há a opção de fazer uma degustação depois, que custava 27 euros. O preço foi bem salgado em relação a outras coisas que fizemos, mas experimentamos seis tipos diferentes de vinhos, além de queijos, salames, pães e afins. Na minha opinião, valeu muito a pena. Adoro vinho e tô até criando mais paladar agora... A única coisa é que esse tipo de passeio também deve ser agendado com antecedência. Conversamos com uma funcionária no nosso hotel e ela agendou tudo pra nós. Assim, fica bem mais conveniente, já chegar com hora marcada e mais tranquilo pra fazer o passeio.


Depois da degustação, uma voltinha nos arredores do Castelo para apreciar a vista... E pé na estrada de novo

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Cortona


A viagem para a Toscana foi planejada por nós e pelos nossos tios. Cortona estava nos planos deles e foi uma surpresa maravilhosa! Para que não sabe, é a cidade do filme “Sob o Sol da Toscana”. Uma cidadezinha bem simpática que também fica bem no alto de uma colina. Fundada pelos etruscos, foi na idade média uma cidade muito poderosa e foi capaz de se defender até de Arezzo e Siena. Depois do filme, é claro que ficou mais turística, mas não é um local de grandes atrações. Apesar disso, o clima de cidade pequena e o aconchego são razões suficientes para gastar um bom tempo lá, sem preocupações ou correrias, como uma viagem para a Toscana deve ser. 

 
Visitamos uma fortaleza da família Médici (sobrenome dos  nossos tios!) no alto da cidade (e sobe mais e mais ladeiras...) e a vista de lá era linda! Pra quem não sabe os Medici foram uma família muito rica e influente que governavam muitos lugares nessa região da Itália. Tivemos até um desconto na compra dos bilhetes por eles serem Medici!





De lá, descemos a ladeira e encontramos um restaurante bem simpático, com comida excelente e uma garçonete com a risada mais engraçada que já vi! Chama-se Osteria Del Teatro e eu super recomendo... Comemos um Bife à la Fiorentina muuuuuito bom!


Andando pela rua principal que é a da entrada da cidade, nos deparamos com uma praça, onde se concentram a maior parte das lojas, como artesanato e de alimentos. Bom, nem preciso comentar dos sorvetes né, que em qualquer cidade da Itália são deliciosos. Os melhores do mundo, na minha opinião.
 Foi nessa mesma praça que a personagem do filme escrevia seus textos. Cenário ideal e inspirador para escrever um cartão postal para alguém especial! Enquanto eu e a tia escrevíamos, os maridos saíram pra comprar flores... Tudo tão especial!

E pra finaliza o tour pela cidade, nos deparamos com uma Enoteca oferecendo degustação de vinhos, assim ao céu aberto... Fechamos o final de tarde com chave de ouro! Mais vinhare!