Pisa

A cidade de Pisa é mundialmente conhecida por sua famosa torre torta. Em nossos planos, San Gimigniano, Pisa e Lucca faziam parte do roteiro de um mesmo dia. Primeiro, porque eram as cidades mais afastadas e porque depois de pesquisar um pouco sobre Pisa, descobri que a cidade não tinha muito mais a oferecer além do grande Campo dei Miracoli, com o Duomo, o Batistério e a famosa Torre. Mas se prepare, apesar da cidade contar apenas com essas atrações mesmo, pois é bem universitária, foi uma dos locais mais turísticos que fomos por aqui. É muito cheio!

Duomo e Torre

Batistério. Também parece meio torto, não é?!

Mas vamos a Torre, a atração mais interessante da cidade: a Torre de Pisa foi construída em 1173, originalmente para ser o campanário da Igreja ao lado. Mas cerca de 100 anos depois, quando ainda estava sendo construída, começou a inclinar. Isso porque ela foi construída em um solo muito arenoso e com um alicerce de apenas 3m abaixo da terra. Mesmo assim, sua construção continuou e assim, foi finalizada por volta de 1350. Ela ficou interditada por vários anos e após diversas intervenções de engenharia que diminuíram em 38cm sua inclinação, ela foi novamente reaberta para visitação. Hoje a torre tem 5,4m de inclinação e é uma coisa realmente interessante de se ver e entender como está em pé até hoje. Lá, Galileu fez diversos experimentos sobre a velocidade da queda.

Muito torta!

É claro que as pessoas vão até lá especialmente para ver a Torre, criando poses e fotos bem turísticas, do tipo tentado empurrar a Torre. É até engraçado ver aquele monte de gente fazendo a mesma pose em diversos locais do Campo... Nós como turistas também, não podíamos deixar de pagar o mico né!

Turistando :P

Como disse, a visita a Torre é possível, mas com um precinho meio salgado comparado a outros lugares: 15E, com horário marcado. Isso foi outra coisa que pecamos um pouco: depois de ver tudo, almoçar, etc é que fomos  comprar o bilhete, mas aí só tinha horário 1h30 mais tarde e como já disse antes, além dessas coisas, não tem muito a se fazer em Pisa. E nenhum livro ou guia nos disse isso. Então se você pretende visitar a Torre, recomendo que logo ao chegar, compre o ingresso. Como acho que não é uma cidade de planejo voltar mais vezes, valia a pena subir.

É realmente estranho subir as escadas numa torre tão torta, às vezes dava até uma vertigem e confesso que senti um medinho... Lá do alto a vista é muito bonita!

Sinos lá de cima

Depois de descansar um pouco lá em cima e tirar umas fotos, resolvemos partir para o próximo destino: Lucca. Só não estávamos contando com o trânsito absurdo para sair da cidade...

San Gimigniano

San Gimigniano foi uma cidadezinha indicada por uma conhecida italiana. E confesso que valeu muito a pena conhecê-la! É uma pequena cidade localizada no alto de uma colina da região. Tem um estilo medieval e por ser mais alta, proporciona uma vista linda!

Vista de San Gimigniano da estrada

A cidade possuía cerca de 13 torres, construídas por famílias nobres entre os séculos XII e XIII e era muito próspera devido a sua localização, pois servia de rota de peregrinação de outras regiões da Europa para Roma. Mas em 1348 houve um surto de peste que causou o declínio da cidade. Atualmente, só há uma torre aberta para visitação, a Torre Grande. Claro que tem que pagar para entrar, mas custou 5 euros e valeu muito a pena pela vista privilegiada lá de cima.

Na praça principal onde se encontra a Torre Grande

Vista da cidade lá de cima

Vista da região

O interessante é meio que andar sem planos pelas ruas e vielas de lá. Além da Torre Grande, há também um parque, que também fica em uma região mais alta (e sobe ladeira!). Lá nos deparamos com uma moça tocando harpa e foi tão lindo, um momento bem mágico, tipo uma trilha sonora (emoções a flor da pele :P).

Perto desse parque há uma Enoteca e um pequeno museu do vinho que também valem a pena ser visitados. Pedir uma taça de vinho branco típico da cidade e sentar nas mesinhas lá fora para apreciar as paisagens toscanas é uma ótima pedida.

Além disso, San Gimigniano tem uma rua principal, logo na entrada da cidade, com várias lojinhas com artesanato e alimentos típicos da região e passar por lá por si só já é um passeio também...

Apesar de não ser uma cidade tão conhecida, vale muito a pena ser visitada. Foi sem dúvidas uma das minhas cidades preferidas e vai deixar boas lembranças pra sempre!

Sob o Sol da Toscana

A partir de hoje vou começar com posts sobre nossa viagem para a Toscana. Muitas cidades, muitas paisagens e ótimas lembranças. Já disse aqui na minha primeira viagem pra Itália, que lá meio que me sinto em casa, gosto do povo italiano (tirando o trânsito maluco deles), me identifico muito, talvez pela descendência, por sempre escutar minha vó falar umas gírias italianas... É um país muito querido pra mim!

Nosso primeiro dia de viagem começou bem cedo – saímos de carro de casa por volta das 7:30h e chegamos no hotel mais ou menos 19h. A viagem de carro até a região da Toscana que ficamos (a cidade chama Catelnuovo Berardenga, província de Siena) é de 720km e durou todo esse tempo porque fizemos algumas paradas. A mais interessante foi já na Itália, na cidade de Parma, para o almoço. Nem saímos do carro para conhecer a cidade, mas deu pra apreciar um pouco a vista do local. Mas o principal motivo para para lá era provar o original presunto de Parma, conhecido como Proscciuto Crudo por aqui. Sim, porque essa viagem foi também um verdadeiro tour gastronômico. Come-se MUITO bem por pouco aqui! Enfim, o tal do presunto é realmente muito bom e vale a pena provar.

O famoso presunto de Parma

O hotel que ficamos é um tema a parte. Quando estávamos pesquisando hotéis e a viagem para a Tosacana, sabíamos que queríamos mais do que conhecer só cidades e igrejas. Queríamos aquelas paisagens de filme, uma experiência diferente. Esse critério com certeza nos fez buscar hotéis diferenciados, os chamados agrohotéis. E foi assim que encontramos o hotel Borga Casato, nessa cidadezinha que falei aí em cima, num ponto bem estratégico para conhecer os arredores da Toscana.

O hotel é um charme, todo feito de pedras, por dentro novinho. Funcionários simpáticos e atenciosos, café da manhã simples, mas muito bem feito e a vista... Que vista! Tudo ótimo! Os pássaros cantam todo o tempo lá, de manhã até de madrugada, nunca tinha visto isso. Super indico o hotel pra quem pretende fazer esse tipo de viagem.

Vista da janela do nosso quarto

Pegamos uma chuva horrorosa no caminho, mas graças a Deus chegamos lá com Sol. Simmm! Sob o Sol de Toscana!

Acabamos jantando num restaurantezinho da cidade mesmo – as massas aqui são famosas e fazem jus a fama, super lever e com molhos diferentes e saborosos. Um prato de massa lá custa em torno de 4 – 9 Euros. Fora os vinhos, principalmente os regionais, os mais famosos são os Chianti e são muito bons. Além disso tem a variedade imensa de antepastos, salames, copas, queijos, etc... Ainda bem que se anda muito pra queimar a caloria desse engorde gastronômico todo!

E assim terminou nossa primeira noite na Toscana...