quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Retrospectiva

Sei que o blog anda meio abandonadinho, mas é que o tempo anda bem curto - aproveitar a família, amigos, sol maravilhoso e piscininha demanda muito tempo, né! Estamos passando por 15 dias maravilhosos aqui, e esse tempo sem sombra de dúvidas está sendo um descanso pro corpo e pra cabeça. (Pensar em alemão todos os dias não é fácil não, viu...)

Mas precisava parar um tempo aqui comigo e pensar em tudo que se passou nesse ano que praticamente chega ao fim.
Não consigo nem pensar direito num breve resumo desse ano... Afinal de contas, foi um ano de grandes mudanças em nossas vidas. 2011 começou como todos os outros: trabalho, apê, família e afins.... Mas desde o início sabíamos que seria um ano que marcaria nossas vidas pra sempre. E marcou mesmo.
Deixamos família, amigos e tantos outros sonhos pra trás em busca de um outro bem mais ousado e maior: o de morar em outro país, viver outra cultura e fazer a diferença lá.

Posso dizer que a mudança pra Suíça nos trouxe um amadurecimento que eu jamais pensei que teria com minha idade: aprendi a me virar sozinha em tantas situações que nunca pensei passar, aprendi a dar valor a tantas outras coisas, vivi outras culturas, me vi obrigada a aprender uma língua bem difícil (e ainda é um grande desafio para 2012!), conheci tanta gente legal e interessante... Me aproximei mais de Deus, aprendi a buscar mais Dele, pude sentir Sua presença nos momentos de solidão.

Morar em outro país tem feito cada passo nosso ser uma vitória imensa. Voltei meio que do zero profissionalmente, fui voluntária, vou virar estagiária em 2012 (Iupiiiiiiii!), e assim por diante.
Foi um ano de tanta coisa boa aqui no Brasil também... Família crescendo, ganhamos mais um sobrinho, outro chegará ano que vem.... Cunhado quase curado, um milagre diário e o maior presente que poderíamos ganhar esse ano. Não tem nada melhor do que estar aqui escrevendo e escutá-los lá na cozinha rindo e conversando! (Diga-se de passagem, é a família do marido, que é como se fosse minha família também). Amo demais as duas famílias e não tem nada que valha mais nesse mundo pra mim.

Olhando pra trás e pensando nisso tudo, fico com o coração cheio de gratidão, por tudo que Deus tem feito por nós e pelos nossos. Deus, obrigada por tudo que tem feito nas nosssas vidas!
Que 2012 possa ser um ano de muito sucesso, vitórias e acima de tudo, muito abençoado! E vamo que vamo, que eu não quero perder um segundo sequer aqui no Brasil sil sil...
Beijo e até! =*  

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Amigos mais que irmãos


Oh, como é bom e agradável  viverem unidos os irmãos! (Sl 133:1)

Ta aí algo que nunca comentei por aqui: nossa vida na igreja. Pra quem não sabe, somos cristãos protestantes. Aí no Brasil freqüentávamos a Igreja Presbiteriana do Brasil (na Vila Maria – SP), o Jr desde que nasceu e eu, depois que começamos a namorar. Quando soubemos da nossa mudança pra cá, não pensamos duas vezes em procurar alguma igreja pra nos tornarmos membros. Posso listar um monte de motivos pelos quais acreditamos ser importantes estar em uma igreja, mas para nós, sem sombras de dúvidas, o maior é o fortalecimento que a igreja de Cristo tem quando estamos unidos num só corpo. Enfim, para nossa surpresa, encontramos uma igreja de brasileiros bem aqui em Basel, quase que não acreditamos quando vimos! Fomos ao culto no primeiro sábado depois da nossa mudança pra cá, e fomos tão bem recebidos, eu sabia que Deus tinha um propósito para nós lá. Lembro bem da alegria que foi também encontrar um monte de brasileiros juntos depois daquela primeira semana de choque – extasia na vida nova.

O que sei é que estamos por lá até hoje. Por todo esse tempo, passamos por alguns momentos difícieis, de dúvidas, se era ali mesmo que deveríamos estar. Viemos de uma igreja super tradicional e aqui, apesar da igreja ser Batista, há uma mistura de gente do Brasil inteiro e conseqüentemente outras doutrinas. A igreja não é grande, tem cerca de uns 50 membros e almeja crescer tanto espiritualmente quanto em número. A ceifa é grande, mas poucos os ceifeiros. Hoje, conseguimos analisar tudo de uma forma diferente. Sabemos que nosso tempo de receber a palavra, de aprender (apesar de tudo ser um aprendizado contínuo!) foi lá no Brasil. Aqui chegou a hora de trabalharmos, colocar tudo que sabemos em prática, com toda a nossa vontade e com todo nosso coração. E é assim que estamos encarando, dia após dia, tudo para honra e glória Dele! E tem sido muito bom poder conviver com nossos irmãos em Cristo, partilhar das alegrias e dificuldades. Quando o alvo é um só, a união é maior!

Neste final de ano, mais precisamente no dia 17 de dezembro, apresentaremos uma cantata chamada “Deus Conosco”, muito bonita e evangelizadora. O culto de Natal normalmente é um dos únicos onde a igreja fica lotada, onde também muitas brasileiras casadas com suíços não convertidos tem a possibilidade de trazê-los para a igreja. O coral é um recém-nascido, com mais ou menos 15 pessoas, das quais muitas nunca cantaram em lugar nenhum a não ser embaixo do chuveiro. Mas estamos dando nosso coração e pedindo pra Deus que toque no coração das pessoas que nunca ouviram falar Dele. Porque aqui foi sim o berço da Reforma Protestante, mas Deus anda meio esquecido, viu?!

Vem gente!




Que essa cantata e tantos outros trabalhos possam ser os primeiros de muitos que possamos realizar para alcançar a vida de outras pessoas! Obrigada Senhor por tudo que tem feito em nossas vidas! Amém.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

É muito amor!



Difícil de acreditar que já se passaram dois anos do dia mais importante das nossas vidas! O dia em que decidimos falar “sim” um ao outro, o dia que fizemos nossas juras de amor perante a Deus e a todos, o dia que fomos abençoados por Deus como marido e mulher... O dia em que nos tornamos uma família!


É difícil de acreditar, mas parece que foi ontem que ficamos noivos, ficamos sonhando e organizando o casamento, e mais ainda, esses dois anos de convivência diária voaram! Me sinto uma mulher completamente feliz e realizada ao seu lado, amo estar com você, nunca tivemos problemas de “adaptação” nos primeiros meses de casados como muitos falam por aí, muito pelo contrário, curtimos e ainda nos curtimos tanto, que as horas passam desapercebidas...


É tão bom olhar pra trás e relembrar tudo pelo que passamos juntos. E quando eu olho láaa pra trás, eu lembro do estagiário recém desempregado começando uma faculdade e da estudante de colegial, que mal imaginavam que teriam um mundo de novas descobertas, lutas, dificuldades, mas acima de tudo, de muitas vitórias JUNTOS. E posso falar? Nenhuma dessas batalhas ganhas seriam tão especiais se não tivéssemos um ao outro. Eu me encho de orgulho quando lembro por tudo passamos, inclusive os momentos ruins, e me alegro mais ainda de ver o casal que nos tornamos hoje.

Não tenho palavras para agradecer seu amor por mim, sua paciência, seu carinho... Obrigada por ser o homem que você é na minha vida, obrigada pelo seu caráter que me ajuda e ensina a ser melhor todos os dias... Obrigada por cada dia que eu pude passar ao seu lado. Eu quero envelhecer com você, quero sempre estar contigo em todas as circunstâncias da vida. Quero sonhar muito com você, rir, chorar, descobrir coisas novas. Desejo que nossa caminhada seja sempre a três: eu, você e Deus.

Que Ele nos ajude a sermos um casal que possa fazer a diferença nesse mundão onde o casamento não vale mais nada. Que possamos crescer cada dia mais em amor, união e companheirismo. Que Ele nos permita ter filhos que sejam luz e bênção para esse mundo tão sedento.


Eu te amo e sempre estarei do seu lado. We’re allways better together!






sábado, 10 de dezembro de 2011

Das mudanças climáticas


Já tinha conhecido o inverno europeu há 5 anos atrás quando vim visitar o marido aqui na Suíça, quando ele trabalhou aqui pela primeira vez. Foi lindo, maravilhoso, passeava todo dia, com tempo nublado, neve, etc.

Não nego que gosto sim do inverno, na verdade me sinto até mais confortável do que com aquele calorzão doido, gosto de neve, já esquiei algumas vezes e foi algo que gostei bastante de fazer... Entre tantas outras coisas legais que o inverno proporciona. Mas se tem alguma coisa que tá mexendo com a minha cabecinha... É esse tempo escuro. Que horrooooooooooooooor! Na hora de acordar, parece que ainda é madrugada e que eu não dormi quase nada. O dia permanece inteiro cinza. E mais ou menos às quatro da tarde escurece de novo. Eu sinto sono o dia inteiro, tenho vontade só de dormir. Isso é normal? Às vezes me abasteço de café, mas sinto que não é o suficiente.

1h da tarde...

4h30 da tarde...

5h da NOITE!
Engraçado, parece até que o humor das pessoas nas ruas mudam. Todo mundo fica mais triste, mais fechado, sei lá. No Brasil, essa é a época que o povo fica mais extrovertido, Natal, festas e afins... Tá sendo um pouco estranho esse meu primeiro fim de ano invernístico, e eu espero me acostumar melhor com o decorrer do tempo.

Ainda bem que vai rolar uma pausinha de 15 dias pro Brasil. Logo, logo estamos chegando!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Cadê o inglês?

Eu não tenho um inglês fluente, nunca morei num país de língua inglesa, mas entendo e me comunico muito bem com outra pessoa em inglês. Até então, sempre foi minha primeira escolha para falar com alguém na rua, mercado, ou onde quer que seja, apesar de saber que eu preciso treinar o alemão.

Só que de uns tempos pra cá venho percebendo que ele vem sumindo lentamente... E semana passada eu tive essa certeza quando fui visitar uma escola de alemão e a moça perguntou se inglês era melhor pra mim e eu disse que sim. OMG! Ele sumiu! Eu não consegui formar uma frasezinha que fosse em inglês sem que o alemão aparecesse instantaneamente na minha cabeça e eu esquecesse por um momento a palavra em inglês. Ou então, começasse uma frase em inglês e misturasse com alemão. A moça riu de mim, falou que era normal. Feliz por um lado, de saber que o danado do alemão tá entrando na minha cabecinha. Mas preocupada por outro, em pensar que o inglês fugiu... E eu espero mesmo que seja normal, viu? Espero que o inglês esteja guardado em uma gavetinha láaaa no fundo do meu cérebro, e assim que eu desenrolar de vez esse alemão, ele volte bem bonitinho.

Inglês, te espero ansiosamente de volta. Att.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

A primeira defesa

Acho que já havia comentado aqui que iria começar a fazer um curso de alemão com temas específicos de hospital né?! Então, comecei há 5 semanas atrás, o curso acabou sendo “particular” somente porque não havia pessoas suficientes para fechar turma. Mas só essa semana me dei conta de que alguma coisa estava errada em relação ao preço e às horas de curso. Tinha acordado com a professora o valor, mas na minha cabeça, as horas de curso eram as mesmas que estavam no site – normal, né!. E na verdade, estava pagando mais do que o dobro do que estava no site, porque estava pagando a mesma coisa, por muito menos horas de curso. Fiquei muito p. da vida, me senti enganada, com cara de idiota. Não pensei duas vezes que iria falar com a professora nessa semana, já que o curso é só uma vez por semana.

Fiquei um tanto quanto nervosa, primeiro pela situação toda e depois, porque teria que me defender em alemão. Esse era um dos motivos pelos quais eu queria (e quero!) tanto aprender o alemão, é muito ruim estar num lugar que não se fala a língua e não conseguir se defender de alguma coisa. E essa hora tinha chegado. Confesso que ensaiei algumas vezes em casa o que falar, possibilidades e afins. Loucura minha mesmo. Pedi muito pra Deus que estivesse do meu lado nesse momento, quem me conhece sabe que odeio discussões (em português mesmo!), que evito ao máximo para que uma situação dessas ocorra, mas dessa vez não dava pra deixar passar.

E lá fui eu, no horário de aula marcado. Antes de começarmos a aula, já logo comecei a falar... Expliquei tudo, tintin por tintin da situação, ela tentou retrucar algumas vezes, e sim, eu argumentei cada coisa que ela falou. Deus me deu uma tranqüilidade enorme na hora, sabia que Ele estava ao meu lado, e assim, consegui me defender, ela assumiu o erro e até me pediu desculpas! Rá!

Fiquei muito chateada com toda a situação, mas ao mesmo tempo feliz por perceber que eu já consigo me virar sozinha. Claro, tenho consciência absoluta de que não chego nem perto de falar perfeitamente, mas só o fato de saber que alguém já entende meu ponto de vista, só de saber que eu consigo me defender e argumentar, olha, isso é uma vitória. Acho que quem já passou por isso sabe do que eu falo. Coisa boba, mas que aumentou um tantinho minha confiança.

E esse curso? Ainda não sei se vou continuar...