sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Página Virada


Hoje uma página se vira em nossas vidas. É que hoje, oficialmente não temos mais nosso apartamento de SP – depois de algum tempo de negociação, os novos moradores se mudam neste fim de semana.

Sou do tipo de pessoa que não me apego a coisas materiais, mas confesso que pra mim está sendo um pouco difícil pensar no apartamento. É um misto de ciúmes de pensar em outra família morando lá no lar que tanto desejamos e que fizemos com tanto carinho cada detalhe, mas ao mesmo tempo felicidade de abençoar a vida de outras pessoas que ficaram tão felizes com a nova aquisição e que sempre quiseram ter um lar daquele jeito. Nosso apartamento foi algo com que sonhamos tanto tempo, perdi a conta de quantas vezes fomos lá, desde o alicerce do prédio até os detalhes finais da reforma junto com o pintor, pedreiro...

Entrando pela primeira vez no apê!
Moramos seis meses junto com os pais do Jr depois que nos casamos porque ele ainda não estava pronto, mas assim que pudemos, nos mudamos – diga-se de passagem, fomos os primeiros moradores do prédio e ficamos 1 mês comendo comida de microondas porque ainda não tinha gás. E por fim, moramos mais seis meses lá antes da nossa mudança pra cá.
Mas posso dizer que foram seis meses muito abençoados, nosso primeiro lar, feito do jeitinho que sonhamos, cada detalhe. Pudemos ter a alegria de receber muitos amigos e família, fazer churrasco, cuidar de cada coisinha nova, cada presente que abríamos... Enfim, lá nos tornamos realmente uma família.

Eu só tenho a agradecer a Deus por tudo que Ele tem feito em nossas vidas, pela oportunidade de ter vivido lá tanta coisa boa e agradeço também porque Ele nos trouxe até aqui, e mais ainda pela possibilidade de construir um novo lar – de outro jeito, mas não deixa de ser nossa casinha. E a vida continua! Como diz o Charlie Brown: “Cada escolha é uma renúncia, isso é a vida!”

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Itália - Veneza

Veneza acabou entrando em nossos planos pela certa proximidade que tinha com Verona, que era nossa base, onde havíamos reservado o hotel – fica a aproximadamente 100 km de lá. Gostaria muito de ter conhecido a região da Toscana, mas como não estávamos tão perto assim de lá... Será o próximo lugar a ser conhecido na Itália, com certeza.

Quando decidimos ir pra lá, li bastante coisa sobre a cidade: ruins como mosquitos e o cheiro forte que a água exala quando está calor, e boas, como paisagens, clima e afins. Pra mim, Veneza é uma cidade única – foi construída num arquipélago de 118 ilhas, a noroeste do mar Adriático e é formada por cerca de 150 canais rasos; sendo assim, o meio de transporte por lá utilizado são os mais diversos tipos de barcos, como os Vaporetto (que e um ônibus aquático) e as famosas gôndolas, ou as mais de 400 pontes, se você estiver disposto a andar a pé. É engraçado ver portas de restaurantes, hotéis, etc dando de cara pros canais, sem nenhuma calçada. Foi originalmente uma província do Império Bizantino e no século XII tornou-se uma cidade independente e forte economicamente – chegou até a ser a nação mais rica da Europa.


Chegando em Veneza

Entrada das casas, hotéis e afins

A cidade é obviamente mais turística do que Verona e sendo assim, encontramos muito mais turistas do mundo inteiro, ou seja, tudo mais cheio e tudo um pouco mais caro.


Uma das principais atrações de lá é a Piazza San Marco e a Basílica de mesmo nome que lá fica. Como era tão famosa, até nos arriscamos a entrar (apesar da fila), mas estava com um vestido (que não era curto!) de alcinha, e então não me deixaram entrar. Na hora fiquei um pouco brava com a puta hipocrisia da igreja, como se Deus estivesse mais preocupado com o que estou vestindo do que com a salvação de tantas pessoas que pisam por lá. Mas tudo bem, achei melhor não deixar isso estragar meu dia, e prosseguimos nosso passeio.



Basílica de San Marco
Nós, na Piazza San Marco
Acho que a dica certa de lá é relaxar e deixar se levar pelas inúmeras pontes, vielas, canais e paisagens que você encontrar. Há uma quantidade enorme de feirinhas livres com todo tipo de artesanato que você imaginar, principalmente as famosas máscaras de Veneza, que são tradição da cidade, usadas no carnaval de lá desde o século XVII e produzidas até hoje.



Nas inúmeras pontes que cortam os canais da cidade
Barracas com as máscaras típicas
Andar de gôndola também faz parte do passeio. A gôndola era o principal meio de transporte utilizado pelos venezianos e compõe a paisagem de Veneza desde o século XI - seu formato foi perfeitamente adaptado para circular nos canais da cidade, e hoje ela é usada quase que exclusivamente por turistas. O preço pago para andar em uma é bem salgadinho, mas o que é ir até Veneza e não andar de gôndola? Lá fomos nós, num passeio lindo, inesquecível e romântico pelos canais dessa cidade ímpar...



A paisagem que se tem, não só dos canais com aquelas casas antigas e pequenas pontes, mas também do canal principal de Veneza chamado Canal Grande com vista pra palácios, igrejas e pontes faz valer a pena!



Canal Grande e atrás, Ponte Rialto
Ficamos lá até o final do dia aproveitando e voltamos para Verona, certamente com o sentimento de ter passado o dia em um lugar que parece ter parado no tempo, mas que preservou todo o romantismo – sentimento de que precisarei voltar lá mais uma vez pra entender tudo aquilo que meus olhos viram! 




segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Itália - Verona

A viagem para Itália estava dentro de nossos roteiros por alguns motivos, dentre eles a nossa vontade e a de nossos pais de conhecer o país de nossos antepassados.

Bom, depois que nosso vôo de Praga para Zurique atrasou 2 horas, finalmente chegamos à Suíça por volta das 13h. No final das contas até ir pra outra cidade que havíamos reservado o carro, pegá-lo, ajeitar as coisas e tal, começamos nossa viagem rumo a Itália às 16h. Foi a primeira vez que viajei de carro pela Suíça e achei as estradas maravilhosas em todos os sentidos: além de ser um tapete, te dá direito a belíssimas paisagens dos Alpes, lagos, casinhas nas montanhas...


Parada para apreciar a paisagem

A viagem até Verona durou aproximadamente 5h, e assim, às 21h, depois de um dia inteiro viajando, estávamos em solo italiano. Já dá pra perceber que você está por lá pelo trânsito, o povo é um pouco doido dirigindo e estressado também, vimos umas duas vezes umas discussões no trânsito.

Conhecer a Itália pela primeira vez foi pra mim um sentimento inexplicável. Nunca sonhei em conhecer lá, mas quando vi Verona com suas casinhas juntas umas às outras naquele tom rosa-alaranjado com janelas coloridas, quando vi a simpatia do povo, a língua não tão estranha aos meus ouvidos... Me fez voltar ao tempo e pensar que aqui foi a terra dos meus antepassados, minha bisa que infelizmente não tive a oportunidade de conhecer nasceu nessa região e foi para o Brasil ainda bebê... Me lembrou minha vozinha querida com seus jargões italianos, me recordou o quanto nossa família é festeira e exagerada em todos os sentidos assim como esse povo... Tenho sangue italiano correndo nas veias! Me senti praticamente em casa.



Verona é uma cidade pequena, porém turística também. Começamos o passeio pela Piazza Brà, conhecemos Arena, que é como um Coliseu de Verona, foi construído em 30 a.C e é o terceiro maior do mundo. Hoje, o local funciona além de um ponto turístico claro, como espaço para eventos como shows, etc.


Piazza Brà


Arena
Dentro da Arena
Pausa pra conhecer o tão famoso sorvete italiano, e posso dizer que ele faz jus a essa fama toda. Que delíciaaaaaa de sorvete! O melhor que já tomei na minha vida. Só no primeiro dia tomei uns três. O mesmo posso falar das comidas, em especial as massas e molhos, todos leves e saborosos. E tudo num preço muito acessível. Um mês na Itália e viro uma bola. Ai ai...


Um dos principais motivos pelo qual Verona é famosa é por ser conhecida como a cidade do amor, onde Romeu e Julieta viveram.  Segundo andei pesquisando, é obvio que a história de Shakspeare não era real, mas os sobrenomes das famílias existem sim por lá e rivalidade entre famílias naquela época era algo tão comum... Por que não sonhar um pouquinho com a lenda?!...

Para ter acesso à tão famosa casa, passamos por um corredor onde infinitos casais apaixonados deixam seus nomes e juras de amor marcados nas paredes – já que estávamos lá, claro que deixei o nosso num espacinho minúsculo que encontrei entre tantos outros...  Mas ficou gravado lá ó:





Que munitinhu...
Passando por esse corredor, temos acesso à sua casa e a famosa sacada, que é super disputada para tirar uma foto. Como tinha que pagar para entrar na casa e já havia lido que não tinha nada demais lá dentro, só vimos por fora mesmo. Em frente a casa há uma estátua de bronze da Julieta, que diz a lenda, que quem passar a mão no seu peito terá sorte no amor – todos os turistas, sem exceção querem fazer esse ritual e o resultado é que a coitada da Julieta ficou com um peitinho desgastado...


Olha aí a famosa sacada...

A quantidade de gente querendo pôr a mão no peito dela é impressionante!
Turistando...

Saindo de lá, passamos pela Piazza Erbe, onde nos deparamos com uma feira a céu aberto que acontece há mais de 2000 anos. Lá você encontra de tudo: frutas (e saladas de frutas deliciosas), legumes, lanches, souvenirs típicos, pinturas, entre muitas outras coisas.


Chegando na Piazza Erbe
Comendo uma saladinha de frutas
Dessa praça passamos por algumas Igrejas, que diferente da Suíça são na maioria católicas. Tínhamos que pagar pra conhecer a maioria, e como o tempo estava tão agradável, resolvemos não ficar entrando em todas.


Aproveitando o dia lindo!

Por fim, conhecemos o Castelvecchio, que foi um Castelo e atualmente um museu que abriga esculturas, pinturas, estátuas e afins. Dele, passamos também por uma ponte sobre o rio Adige, com uma vista lindíssima e romântica.


De dentro do Castelvecchio


Ponte do Castelvecchio
Verona a noite também é super bonita, iluminada em seus pontos principais, os restaurantes nas calçadas, muita gente nas ruas – aliás, ô povo elegante! Se vestem super bem e dá vontade de comprar todas as roupas das vitrines. Me senti muito segura andando por lá a noite.




Pelo clima, pelas recordações, pelo tempo juntos, com certeza será um local inesquecível em nossas vidas!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Malá Strana e Castelo de Praga

Antes de visitar o “Pequeno Quarteirão” (ou Malá Strana), obrigatoriamente passamos pela Ponte Carlos, outro ponto turístico – hoje atualmente é uma passagem de pedestres somente (com muito turista, diga-se de passagem), mas já comportou tráfego de carruagens em outros tempos. Foi erguida sobre o Rio Vltava em 1357, pelo Rei Carlos IV. Por ela, você vai encontrar diversas estátuas, além de músicos, vendedores de souvenirs, etc. E claro, uma vista linda para onde quer que você olhe: de um lado a cidade velha com suas enormes torres e de outro para o Castelo de Praga.


Nós, na ponte Carlos
De um lado, com vista para as torres
e a Cidade Velha 
De outro, com vista para o Castelo lá no fundo

Pausa pra comer uma maçã gigaaante sobre a ponte
O Malá Strana é um bairro muito aconchegante, acho que a parte que mais gostei da cidade, onde pudemos subir uma rua (bem conhecida também, chamada Nerudova) bem simpática, cheia de comércio, bares e restaurantes.


Pra onde ir?!
Um dos inúmeros bares na rua Nerudova
Na praça central desse bairro fica a Igreja de São Nicolau (sim, outra Igreja com o mesmo nome), também em estilo barroco, que teve sua construção iniciada em 1703. Nessa Igreja entramos um dia antes do tour, e vou falar que vale muito a pena. Que Igreja linda! Uma riqueza de detalhes impressionante, com pinturas, inúmeros detalhes em ouro maciço, um órgão de tubo enorme, um cúpula que até dói o pescoço pra conseguir ver o teto. Vale a pena visitar.


Igreja de São Nicolau
Detalhes das pinturas e ouro dentro da Igreja
Órgão de tubo todo ornamentado em ouro
Finalmente, subindo a rua Nerudova, chegamos ao famoso Castelo de Praga, o maior do Mundo, que teve sua construção iniciado ainda no século IX pelo príncipe Borijov (inclua-se aí e em outras palavras checas muitos acentos circunflexos de ponta cabeça...) Claro que ao longo do tempo, ele foi sendo modificado. Na verdade, o Castelo é mais um conjunto de prédios, Igrejas e jardins. Lá o presidente ainda tem um gabinete e a cada hora há a troca de guardas.

Uma das entrdadas do Castelo
Nós, já dentro do Castelo
Outra entrada do Castelo
Lá dentro, se encontra a Catedral de São Vito que é tão imensa que quase na cabe nos olhos.








De lá do Castelo, há uma vista magnífica da cidade:



Depois, fomos descendo umas escadas e apreciando a paisagem...


Depois de conhecer o Castelo, ainda andamos de barco pelo rio Vltava - já estava incluído no pacote; foi muito bom porque pudemos apreciar a vista da cidade do rio e dar um descansinho merecido às nossas pernas que já haviam andando tanto...



A última parte do passeio por Praga foi um tantinho estressante: lá do Castelo, vimos que existia uma “mini Torre Eiffel” em um morro não muito longe dali e a guia disse que só precisávamos comprar um ticket de transporte normal que daria direito também a pegar um Funicolarezinho. Eis o ticket:




Quando olhamos na parte direita dele, vimos o “60 minutos” e pensamos: vamos subir, dar uma olhada, o Jr até subiu na torre e desceu rapidinho e descemos com o mesmo ticket. E foi isso que fizemos. Masss... Quando chegamos lá em baixo, tinha um fiscal controlando e foi aí que ele nos disse: “o tempo já tá esgotado, vocês deveriam ter comprado outro bilhete...” O que valia nele na verdade, era o tempo de 30 min, que está escrito no lado esquerdo. Pô, com esse monte de palavra estranha e ninguém nos avisou nada.... Desculpa aí senhor, mas não tinha como adivinhar... Mas o simpático senhor não quis nem saber e assim, depois de um tempo de conversa, levamos uma multa só de 100 Euros. Depois no hotel pesquisando, descobrimos que precisávamos comprar bilhete de meia entrada para andar com nossas malas nos ônibus. Ninguém falou isso pra gente. Mas se tem a fiscalização ninguém vai querer saber, né?! Isso me chateou um pouco, pelo fato de ser uma cidade tão turística, creio que eles deveriam orientar melhor isso. Fica a dica...

Bom... O que posso concluir com toda essa viagem...
- Praga é uma cidade extremamente bonita e com muita história pra contar.
- Me entristeceu o fato de ver tantas Igrejas serem só museus ou locais de orquestras (a maior parte da população hoje lá é ateísta – reflexos do ex-comunismo...) e não mais um local para falar sobre Deus...
- Atenção com bilhetes de transportes públicos! Lição para todos os outros países que ainda vamos conhecer...
- Foi pouco tempo pra tanta informação! Definitivamente, voltaremos aqui mais uma vez!