quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Retrospectiva

Sei que o blog anda meio abandonadinho, mas é que o tempo anda bem curto - aproveitar a família, amigos, sol maravilhoso e piscininha demanda muito tempo, né! Estamos passando por 15 dias maravilhosos aqui, e esse tempo sem sombra de dúvidas está sendo um descanso pro corpo e pra cabeça. (Pensar em alemão todos os dias não é fácil não, viu...)

Mas precisava parar um tempo aqui comigo e pensar em tudo que se passou nesse ano que praticamente chega ao fim.
Não consigo nem pensar direito num breve resumo desse ano... Afinal de contas, foi um ano de grandes mudanças em nossas vidas. 2011 começou como todos os outros: trabalho, apê, família e afins.... Mas desde o início sabíamos que seria um ano que marcaria nossas vidas pra sempre. E marcou mesmo.
Deixamos família, amigos e tantos outros sonhos pra trás em busca de um outro bem mais ousado e maior: o de morar em outro país, viver outra cultura e fazer a diferença lá.

Posso dizer que a mudança pra Suíça nos trouxe um amadurecimento que eu jamais pensei que teria com minha idade: aprendi a me virar sozinha em tantas situações que nunca pensei passar, aprendi a dar valor a tantas outras coisas, vivi outras culturas, me vi obrigada a aprender uma língua bem difícil (e ainda é um grande desafio para 2012!), conheci tanta gente legal e interessante... Me aproximei mais de Deus, aprendi a buscar mais Dele, pude sentir Sua presença nos momentos de solidão.

Morar em outro país tem feito cada passo nosso ser uma vitória imensa. Voltei meio que do zero profissionalmente, fui voluntária, vou virar estagiária em 2012 (Iupiiiiiiii!), e assim por diante.
Foi um ano de tanta coisa boa aqui no Brasil também... Família crescendo, ganhamos mais um sobrinho, outro chegará ano que vem.... Cunhado quase curado, um milagre diário e o maior presente que poderíamos ganhar esse ano. Não tem nada melhor do que estar aqui escrevendo e escutá-los lá na cozinha rindo e conversando! (Diga-se de passagem, é a família do marido, que é como se fosse minha família também). Amo demais as duas famílias e não tem nada que valha mais nesse mundo pra mim.

Olhando pra trás e pensando nisso tudo, fico com o coração cheio de gratidão, por tudo que Deus tem feito por nós e pelos nossos. Deus, obrigada por tudo que tem feito nas nosssas vidas!
Que 2012 possa ser um ano de muito sucesso, vitórias e acima de tudo, muito abençoado! E vamo que vamo, que eu não quero perder um segundo sequer aqui no Brasil sil sil...
Beijo e até! =*  

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Amigos mais que irmãos


Oh, como é bom e agradável  viverem unidos os irmãos! (Sl 133:1)

Ta aí algo que nunca comentei por aqui: nossa vida na igreja. Pra quem não sabe, somos cristãos protestantes. Aí no Brasil freqüentávamos a Igreja Presbiteriana do Brasil (na Vila Maria – SP), o Jr desde que nasceu e eu, depois que começamos a namorar. Quando soubemos da nossa mudança pra cá, não pensamos duas vezes em procurar alguma igreja pra nos tornarmos membros. Posso listar um monte de motivos pelos quais acreditamos ser importantes estar em uma igreja, mas para nós, sem sombras de dúvidas, o maior é o fortalecimento que a igreja de Cristo tem quando estamos unidos num só corpo. Enfim, para nossa surpresa, encontramos uma igreja de brasileiros bem aqui em Basel, quase que não acreditamos quando vimos! Fomos ao culto no primeiro sábado depois da nossa mudança pra cá, e fomos tão bem recebidos, eu sabia que Deus tinha um propósito para nós lá. Lembro bem da alegria que foi também encontrar um monte de brasileiros juntos depois daquela primeira semana de choque – extasia na vida nova.

O que sei é que estamos por lá até hoje. Por todo esse tempo, passamos por alguns momentos difícieis, de dúvidas, se era ali mesmo que deveríamos estar. Viemos de uma igreja super tradicional e aqui, apesar da igreja ser Batista, há uma mistura de gente do Brasil inteiro e conseqüentemente outras doutrinas. A igreja não é grande, tem cerca de uns 50 membros e almeja crescer tanto espiritualmente quanto em número. A ceifa é grande, mas poucos os ceifeiros. Hoje, conseguimos analisar tudo de uma forma diferente. Sabemos que nosso tempo de receber a palavra, de aprender (apesar de tudo ser um aprendizado contínuo!) foi lá no Brasil. Aqui chegou a hora de trabalharmos, colocar tudo que sabemos em prática, com toda a nossa vontade e com todo nosso coração. E é assim que estamos encarando, dia após dia, tudo para honra e glória Dele! E tem sido muito bom poder conviver com nossos irmãos em Cristo, partilhar das alegrias e dificuldades. Quando o alvo é um só, a união é maior!

Neste final de ano, mais precisamente no dia 17 de dezembro, apresentaremos uma cantata chamada “Deus Conosco”, muito bonita e evangelizadora. O culto de Natal normalmente é um dos únicos onde a igreja fica lotada, onde também muitas brasileiras casadas com suíços não convertidos tem a possibilidade de trazê-los para a igreja. O coral é um recém-nascido, com mais ou menos 15 pessoas, das quais muitas nunca cantaram em lugar nenhum a não ser embaixo do chuveiro. Mas estamos dando nosso coração e pedindo pra Deus que toque no coração das pessoas que nunca ouviram falar Dele. Porque aqui foi sim o berço da Reforma Protestante, mas Deus anda meio esquecido, viu?!

Vem gente!




Que essa cantata e tantos outros trabalhos possam ser os primeiros de muitos que possamos realizar para alcançar a vida de outras pessoas! Obrigada Senhor por tudo que tem feito em nossas vidas! Amém.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

É muito amor!



Difícil de acreditar que já se passaram dois anos do dia mais importante das nossas vidas! O dia em que decidimos falar “sim” um ao outro, o dia que fizemos nossas juras de amor perante a Deus e a todos, o dia que fomos abençoados por Deus como marido e mulher... O dia em que nos tornamos uma família!


É difícil de acreditar, mas parece que foi ontem que ficamos noivos, ficamos sonhando e organizando o casamento, e mais ainda, esses dois anos de convivência diária voaram! Me sinto uma mulher completamente feliz e realizada ao seu lado, amo estar com você, nunca tivemos problemas de “adaptação” nos primeiros meses de casados como muitos falam por aí, muito pelo contrário, curtimos e ainda nos curtimos tanto, que as horas passam desapercebidas...


É tão bom olhar pra trás e relembrar tudo pelo que passamos juntos. E quando eu olho láaa pra trás, eu lembro do estagiário recém desempregado começando uma faculdade e da estudante de colegial, que mal imaginavam que teriam um mundo de novas descobertas, lutas, dificuldades, mas acima de tudo, de muitas vitórias JUNTOS. E posso falar? Nenhuma dessas batalhas ganhas seriam tão especiais se não tivéssemos um ao outro. Eu me encho de orgulho quando lembro por tudo passamos, inclusive os momentos ruins, e me alegro mais ainda de ver o casal que nos tornamos hoje.

Não tenho palavras para agradecer seu amor por mim, sua paciência, seu carinho... Obrigada por ser o homem que você é na minha vida, obrigada pelo seu caráter que me ajuda e ensina a ser melhor todos os dias... Obrigada por cada dia que eu pude passar ao seu lado. Eu quero envelhecer com você, quero sempre estar contigo em todas as circunstâncias da vida. Quero sonhar muito com você, rir, chorar, descobrir coisas novas. Desejo que nossa caminhada seja sempre a três: eu, você e Deus.

Que Ele nos ajude a sermos um casal que possa fazer a diferença nesse mundão onde o casamento não vale mais nada. Que possamos crescer cada dia mais em amor, união e companheirismo. Que Ele nos permita ter filhos que sejam luz e bênção para esse mundo tão sedento.


Eu te amo e sempre estarei do seu lado. We’re allways better together!






sábado, 10 de dezembro de 2011

Das mudanças climáticas


Já tinha conhecido o inverno europeu há 5 anos atrás quando vim visitar o marido aqui na Suíça, quando ele trabalhou aqui pela primeira vez. Foi lindo, maravilhoso, passeava todo dia, com tempo nublado, neve, etc.

Não nego que gosto sim do inverno, na verdade me sinto até mais confortável do que com aquele calorzão doido, gosto de neve, já esquiei algumas vezes e foi algo que gostei bastante de fazer... Entre tantas outras coisas legais que o inverno proporciona. Mas se tem alguma coisa que tá mexendo com a minha cabecinha... É esse tempo escuro. Que horrooooooooooooooor! Na hora de acordar, parece que ainda é madrugada e que eu não dormi quase nada. O dia permanece inteiro cinza. E mais ou menos às quatro da tarde escurece de novo. Eu sinto sono o dia inteiro, tenho vontade só de dormir. Isso é normal? Às vezes me abasteço de café, mas sinto que não é o suficiente.

1h da tarde...

4h30 da tarde...

5h da NOITE!
Engraçado, parece até que o humor das pessoas nas ruas mudam. Todo mundo fica mais triste, mais fechado, sei lá. No Brasil, essa é a época que o povo fica mais extrovertido, Natal, festas e afins... Tá sendo um pouco estranho esse meu primeiro fim de ano invernístico, e eu espero me acostumar melhor com o decorrer do tempo.

Ainda bem que vai rolar uma pausinha de 15 dias pro Brasil. Logo, logo estamos chegando!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Cadê o inglês?

Eu não tenho um inglês fluente, nunca morei num país de língua inglesa, mas entendo e me comunico muito bem com outra pessoa em inglês. Até então, sempre foi minha primeira escolha para falar com alguém na rua, mercado, ou onde quer que seja, apesar de saber que eu preciso treinar o alemão.

Só que de uns tempos pra cá venho percebendo que ele vem sumindo lentamente... E semana passada eu tive essa certeza quando fui visitar uma escola de alemão e a moça perguntou se inglês era melhor pra mim e eu disse que sim. OMG! Ele sumiu! Eu não consegui formar uma frasezinha que fosse em inglês sem que o alemão aparecesse instantaneamente na minha cabeça e eu esquecesse por um momento a palavra em inglês. Ou então, começasse uma frase em inglês e misturasse com alemão. A moça riu de mim, falou que era normal. Feliz por um lado, de saber que o danado do alemão tá entrando na minha cabecinha. Mas preocupada por outro, em pensar que o inglês fugiu... E eu espero mesmo que seja normal, viu? Espero que o inglês esteja guardado em uma gavetinha láaaa no fundo do meu cérebro, e assim que eu desenrolar de vez esse alemão, ele volte bem bonitinho.

Inglês, te espero ansiosamente de volta. Att.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

A primeira defesa

Acho que já havia comentado aqui que iria começar a fazer um curso de alemão com temas específicos de hospital né?! Então, comecei há 5 semanas atrás, o curso acabou sendo “particular” somente porque não havia pessoas suficientes para fechar turma. Mas só essa semana me dei conta de que alguma coisa estava errada em relação ao preço e às horas de curso. Tinha acordado com a professora o valor, mas na minha cabeça, as horas de curso eram as mesmas que estavam no site – normal, né!. E na verdade, estava pagando mais do que o dobro do que estava no site, porque estava pagando a mesma coisa, por muito menos horas de curso. Fiquei muito p. da vida, me senti enganada, com cara de idiota. Não pensei duas vezes que iria falar com a professora nessa semana, já que o curso é só uma vez por semana.

Fiquei um tanto quanto nervosa, primeiro pela situação toda e depois, porque teria que me defender em alemão. Esse era um dos motivos pelos quais eu queria (e quero!) tanto aprender o alemão, é muito ruim estar num lugar que não se fala a língua e não conseguir se defender de alguma coisa. E essa hora tinha chegado. Confesso que ensaiei algumas vezes em casa o que falar, possibilidades e afins. Loucura minha mesmo. Pedi muito pra Deus que estivesse do meu lado nesse momento, quem me conhece sabe que odeio discussões (em português mesmo!), que evito ao máximo para que uma situação dessas ocorra, mas dessa vez não dava pra deixar passar.

E lá fui eu, no horário de aula marcado. Antes de começarmos a aula, já logo comecei a falar... Expliquei tudo, tintin por tintin da situação, ela tentou retrucar algumas vezes, e sim, eu argumentei cada coisa que ela falou. Deus me deu uma tranqüilidade enorme na hora, sabia que Ele estava ao meu lado, e assim, consegui me defender, ela assumiu o erro e até me pediu desculpas! Rá!

Fiquei muito chateada com toda a situação, mas ao mesmo tempo feliz por perceber que eu já consigo me virar sozinha. Claro, tenho consciência absoluta de que não chego nem perto de falar perfeitamente, mas só o fato de saber que alguém já entende meu ponto de vista, só de saber que eu consigo me defender e argumentar, olha, isso é uma vitória. Acho que quem já passou por isso sabe do que eu falo. Coisa boba, mas que aumentou um tantinho minha confiança.

E esse curso? Ainda não sei se vou continuar...

domingo, 27 de novembro de 2011

A importância das amizades


Nunca fui do tipo de pessoa que tem milhaaaares de amigos e sempre fui muito consciente disso. Não, não sou anti social, apenas um pouco tímida, e confesso que tenho certa dificuldade de me sentir a vontade falando com várias pessoas que não conheço direito. Talvez precise trabalhar um pouco nisso. Enfim, o que sei é que tenho muitos colegas e poucos e bons amigos, que sei que posso contar em qualquer momento. A única coisa é que ficaram todos no Brasil. E agora? Como fazer pra cultivar uma amizade e criar vínculos que às vezes demoraram anos para serem feitos, num país que não tem seus costumes e língua?

Confesso que ainda estou descobrindo, mas de uma coisa tenho certeza: temos que nos relacionar, tentar recriar e fortalecer amizades aqui. Desde que chegamos, conhecemos muita gente, a maioria brasileiros, o que ajuda muito. Amamos ter a companhia de pessoas da nossa terra. Mas também temos que aceitar e aprender a viver a vida e os costumes daqui, que como qualquer lugar, tem pontos positivos e negativos. Temos que ter com quem compartilhar nossa vida, dúvidas, felicidades, tristezas, entre outros.

Falo isso porque esse período pelo qual passamos aqui é uma adaptação contínua (e creio que sempre será) de tudo! E muitas vezes essa adaptação não é encarada de forma tão fácil assim por todos. Eu mesma, muitas vezes estou super feliz e realizada, e às vezes me sinto uma estranha fora da casinha; aí vem as saudades e os questionamentos. Creio muito que Deus tem um propósito para a vida de cada um, que não estou aqui por acaso, mas todo esse turbilhão de sentimentos tão diferentes um do outro são amenizados quando podemos compartilhar disso com outras pessoas, e mais ainda, perceber que você não é mesmo a única que está nesse barco! Rir das coisas novas, dividir experiências, aprender e descobrir outra cultura. Devemos sempre cultivar os velhos amigos, mas temos também que construir outras amizades. Uma amizade dá uma carga mais leve na nossa vida!

“Em todo o tempo ama o amigo e na angústia se faz o irmão.” (Pv 17:17)

Que Deus sempre nos conceda bons e verdadeiros amigos-irmãos!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Basler Herbst Messe


É, o outono veio e já tá indo embora. Como havia falado num post anterior, o tempo tem passado rápido e eu sequer consegui falar e mostrar um pouco do outono aqui... O que posso dizer é que e uma estação muito agradável e bonita, com aquela nuance de cores nas árvores, formando um colorido incrível. O tempo já é mais frio, mas ainda muito agradável.

Aqui em Basel eles comemoram o outono com uma feira, a Basler Herbst Messe (Feira de Outono Basiléia). Sinceramente não sei como é nos outros cantões, se tem isso também. Enfim, essa feira me lembrou demais as quermesses do Brasil – tem um monte de brinquedo de parque de diversões, barracas de brincadeira (tipo de pescaria, acertar bola na lata pra ganhar ursinho, etc) e claro, barracas de comida. Essas são minhas preferidas :)


A feira não é concentrada em um lugar só, mas em várias praças da cidade, e ainda assim, sempre estão lotadas viu... O pessoal daqui adora essas coisas, e gasta mesmo um dinheirinho com tudo isso. Porque nada lá tinha um preço muito suave não... Então se você vai com a família, vai em algum brinquedo, come alguma coisa, 100 Francos se foram facilmente.
Nós fomos lá dois dias, e apesar de não ter nada de especial, é sempre bonito ver a cidade iluminada, mesmo que seja pelos brinquedos e é sempre bom comer uns quitutezinhos como um crepe ou um morango com chocolate...


O marido tava doido pra ir na roda gigante que era super faturada, e no último momento resolvemos ir, afinal, ela estava no ponto mais alto da cidade e dava pra ter uma vista bem bonita de lá ó:


Fomos lá no último final de semana da feira, e no dia seguinte, tudo já estava sendo desmontado... E a feira foi levando também o restinho de outono que ainda nos restava. Porque agora gente, o frio tá começando (eu disse apenas começando) pra valer! Há alguns dias, nada acima de 10 Graus... 




segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Motorizados


No último final de semana, chegamos em casa com a nossa mais nova aquisição: nosso primeiro carro aqui!

Apesar da alta qualidade que o transporte público aqui nos proporciona, sempre pensamos em ter um carro. Não que ele faça falta, realmente não faz, conhecemos muita gente que não tem carro aqui e não faz questão de ter.  Talvez seja por um pouco mais de comodidade mesmo. Por exemplo, fazemos compras mensais no mercado, e toda vez é uma canseira só – temos até um carrinho de rodinhas (que quase só velhinhos usam) pra carregar as compras, porque só com sacola é meio que impossível.

Também faz falta quando saímos algumas vezes a noite, como quando vamos à igreja e o culto termina meio tarde e tal... Não é nada absurdo, mas quando perdemos o Tram, temos que esperar 15 minutos, e agora com o friozinho chegando.... Ou quando vamos em algum restaurante, saímos com os amigos, temos sempre que nos preocupar um pouco com o horário. Uma vez perdemos o Tram da 1:30h da manhã e só fomos pegar outro 1 hora depois...

Outro motivo pelo qual pensamos em ter um carro foi a possibilidade de fazer viagens com ele, já que tivemos essa experiência com a Itália e adoramos, e também para quando recebermos visitas aqui, para nossos queridos convidados terem um confortozinho a mais :)

Mas mais do que isso, queremos estar dispostos a ajudar quem precisar de carro, como muitas vezes fizeram por nós aqui, e somos muito gratos por isso!

Aí está nosso novo possante:


Quando começamos a ver carros, pensamos e mudamos de idéia umas mil vezes até chegar nesse – pensamos num carro conversível, num mais esportivo, etc etc etc.... Mas chegamos à conclusão de que um carro maior seria mais útil, afinal cabe mais gente! Compramos um carro usado, até porque não estava dentro do nosso orçamento gastar absurdos com isso, e finalmente, optamos pela Mercedes, primeiro porque é um carro alemão e tem um motor ótimo e depois porque a manutenção (quando tem!) é mais barata para nós aqui. Além da relação custo-benefício...

Para ter um carro aqui, não precisa de muita coisa e o processo é extremamente ágil: demos uma entrada e financiamos o resto com o banco, depois fizemos um seguro para o carro (aqui é obrigatório ter seguro de terceiros de carro – se você quiser para o seu carro é opcional e aí você pode acrescentar mais um monte de coisas). Enfim, com o financiamento aprovado, seguro e documentos em mãos, vamos ao Motorfahrzeugkontrolle, que é tipo o Detran daqui, mostramos o antigo documento, que é atualizado com nossos dados, aí a moça vai num armário, pega uma placa (a placa aqui é sua e não do carro – quer dizer que quando você trocar de carro, a placa vai com você) e você vai embora feliz, depois de 15 minutos! Aí é só colocar a placa no carro e aproveitar :p


Ficamos extremamente felizes com mais essa conquista, e agradecemos primeiramente a Deus, por nos ter permitido chegar até aqui e por todas as bênçãos que Ele tem derramado sobre nós. Não temos intuito algum de querer nos exaltarmos com aquisições de bens materiais, até porque elas não significam nada quando comparadas com o relacionamento que temos com Deus. Só queremos compartilhar nossas alegrias com quem amamos!

A caranga espera por vocês!  

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

O tempo não para


Olha, não sei se é só comigo, mas tenho a impressão de que o tempo está voaaaando! Parece que foi ontem mesmo que chegamos aqui, e em breve já vai fazer um ano. Não estudo e nem trabalho que nem uma louca como antigamente, mas parece que quando eu pisco já é noite de novo e já tá na hora de dormir. É engraçado pensar como um dia eu já quis tanto ter 14 anos e depois 18 e tudo demorava taaanto.... Agora não, quanto mais eu quero que o tempo passe devagar, mais ele desaparece.

Nossos pais já vieram pra cá, o outono chegou, o tempo vem esfriando lentamente, as folhas todas caindo no chão.... Os enfeites e coisas de Natal nos mercados e ruas... Só o alemão mesmo, parece que faz uma eternidade que eu tô estudando e não aprendo nunca. Ok, estou o estudando (e enlouquecendo) só há seis meses, mas por que será que às vezes tenho a impressão que nunca vou aprender? Por queeeeeeee? Quanto mais eu estudo, mais difícil fica a coisa. A mesma coisa com o trabalho voluntário. Às vezes acho que evoluí tão pouco pro tempo que estou lá. Às vezes parece que estou numa montanha russa, cheia de altos e baixos. Às vezes eu to super feliz de estar lá e às vezes mega desanimada. Sinto muita saudade de cuidar dos meus pequenos pacientes, sinto falta de poder falar tudo que eu sei. É, dá pra perceber que agora estou num momento meio depressivo da minha bipolaridade né...

Massss.... Não importa como estamos, o tempo não pára e o negócio é erguer a cabeça e olhar pra frente pra mais um dia novo que se inicia e mais uma batalha a ser ganha!

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Página Virada


Hoje uma página se vira em nossas vidas. É que hoje, oficialmente não temos mais nosso apartamento de SP – depois de algum tempo de negociação, os novos moradores se mudam neste fim de semana.

Sou do tipo de pessoa que não me apego a coisas materiais, mas confesso que pra mim está sendo um pouco difícil pensar no apartamento. É um misto de ciúmes de pensar em outra família morando lá no lar que tanto desejamos e que fizemos com tanto carinho cada detalhe, mas ao mesmo tempo felicidade de abençoar a vida de outras pessoas que ficaram tão felizes com a nova aquisição e que sempre quiseram ter um lar daquele jeito. Nosso apartamento foi algo com que sonhamos tanto tempo, perdi a conta de quantas vezes fomos lá, desde o alicerce do prédio até os detalhes finais da reforma junto com o pintor, pedreiro...

Entrando pela primeira vez no apê!
Moramos seis meses junto com os pais do Jr depois que nos casamos porque ele ainda não estava pronto, mas assim que pudemos, nos mudamos – diga-se de passagem, fomos os primeiros moradores do prédio e ficamos 1 mês comendo comida de microondas porque ainda não tinha gás. E por fim, moramos mais seis meses lá antes da nossa mudança pra cá.
Mas posso dizer que foram seis meses muito abençoados, nosso primeiro lar, feito do jeitinho que sonhamos, cada detalhe. Pudemos ter a alegria de receber muitos amigos e família, fazer churrasco, cuidar de cada coisinha nova, cada presente que abríamos... Enfim, lá nos tornamos realmente uma família.

Eu só tenho a agradecer a Deus por tudo que Ele tem feito em nossas vidas, pela oportunidade de ter vivido lá tanta coisa boa e agradeço também porque Ele nos trouxe até aqui, e mais ainda pela possibilidade de construir um novo lar – de outro jeito, mas não deixa de ser nossa casinha. E a vida continua! Como diz o Charlie Brown: “Cada escolha é uma renúncia, isso é a vida!”

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Itália - Veneza

Veneza acabou entrando em nossos planos pela certa proximidade que tinha com Verona, que era nossa base, onde havíamos reservado o hotel – fica a aproximadamente 100 km de lá. Gostaria muito de ter conhecido a região da Toscana, mas como não estávamos tão perto assim de lá... Será o próximo lugar a ser conhecido na Itália, com certeza.

Quando decidimos ir pra lá, li bastante coisa sobre a cidade: ruins como mosquitos e o cheiro forte que a água exala quando está calor, e boas, como paisagens, clima e afins. Pra mim, Veneza é uma cidade única – foi construída num arquipélago de 118 ilhas, a noroeste do mar Adriático e é formada por cerca de 150 canais rasos; sendo assim, o meio de transporte por lá utilizado são os mais diversos tipos de barcos, como os Vaporetto (que e um ônibus aquático) e as famosas gôndolas, ou as mais de 400 pontes, se você estiver disposto a andar a pé. É engraçado ver portas de restaurantes, hotéis, etc dando de cara pros canais, sem nenhuma calçada. Foi originalmente uma província do Império Bizantino e no século XII tornou-se uma cidade independente e forte economicamente – chegou até a ser a nação mais rica da Europa.


Chegando em Veneza

Entrada das casas, hotéis e afins

A cidade é obviamente mais turística do que Verona e sendo assim, encontramos muito mais turistas do mundo inteiro, ou seja, tudo mais cheio e tudo um pouco mais caro.


Uma das principais atrações de lá é a Piazza San Marco e a Basílica de mesmo nome que lá fica. Como era tão famosa, até nos arriscamos a entrar (apesar da fila), mas estava com um vestido (que não era curto!) de alcinha, e então não me deixaram entrar. Na hora fiquei um pouco brava com a puta hipocrisia da igreja, como se Deus estivesse mais preocupado com o que estou vestindo do que com a salvação de tantas pessoas que pisam por lá. Mas tudo bem, achei melhor não deixar isso estragar meu dia, e prosseguimos nosso passeio.



Basílica de San Marco
Nós, na Piazza San Marco
Acho que a dica certa de lá é relaxar e deixar se levar pelas inúmeras pontes, vielas, canais e paisagens que você encontrar. Há uma quantidade enorme de feirinhas livres com todo tipo de artesanato que você imaginar, principalmente as famosas máscaras de Veneza, que são tradição da cidade, usadas no carnaval de lá desde o século XVII e produzidas até hoje.



Nas inúmeras pontes que cortam os canais da cidade
Barracas com as máscaras típicas
Andar de gôndola também faz parte do passeio. A gôndola era o principal meio de transporte utilizado pelos venezianos e compõe a paisagem de Veneza desde o século XI - seu formato foi perfeitamente adaptado para circular nos canais da cidade, e hoje ela é usada quase que exclusivamente por turistas. O preço pago para andar em uma é bem salgadinho, mas o que é ir até Veneza e não andar de gôndola? Lá fomos nós, num passeio lindo, inesquecível e romântico pelos canais dessa cidade ímpar...



A paisagem que se tem, não só dos canais com aquelas casas antigas e pequenas pontes, mas também do canal principal de Veneza chamado Canal Grande com vista pra palácios, igrejas e pontes faz valer a pena!



Canal Grande e atrás, Ponte Rialto
Ficamos lá até o final do dia aproveitando e voltamos para Verona, certamente com o sentimento de ter passado o dia em um lugar que parece ter parado no tempo, mas que preservou todo o romantismo – sentimento de que precisarei voltar lá mais uma vez pra entender tudo aquilo que meus olhos viram! 




segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Itália - Verona

A viagem para Itália estava dentro de nossos roteiros por alguns motivos, dentre eles a nossa vontade e a de nossos pais de conhecer o país de nossos antepassados.

Bom, depois que nosso vôo de Praga para Zurique atrasou 2 horas, finalmente chegamos à Suíça por volta das 13h. No final das contas até ir pra outra cidade que havíamos reservado o carro, pegá-lo, ajeitar as coisas e tal, começamos nossa viagem rumo a Itália às 16h. Foi a primeira vez que viajei de carro pela Suíça e achei as estradas maravilhosas em todos os sentidos: além de ser um tapete, te dá direito a belíssimas paisagens dos Alpes, lagos, casinhas nas montanhas...


Parada para apreciar a paisagem

A viagem até Verona durou aproximadamente 5h, e assim, às 21h, depois de um dia inteiro viajando, estávamos em solo italiano. Já dá pra perceber que você está por lá pelo trânsito, o povo é um pouco doido dirigindo e estressado também, vimos umas duas vezes umas discussões no trânsito.

Conhecer a Itália pela primeira vez foi pra mim um sentimento inexplicável. Nunca sonhei em conhecer lá, mas quando vi Verona com suas casinhas juntas umas às outras naquele tom rosa-alaranjado com janelas coloridas, quando vi a simpatia do povo, a língua não tão estranha aos meus ouvidos... Me fez voltar ao tempo e pensar que aqui foi a terra dos meus antepassados, minha bisa que infelizmente não tive a oportunidade de conhecer nasceu nessa região e foi para o Brasil ainda bebê... Me lembrou minha vozinha querida com seus jargões italianos, me recordou o quanto nossa família é festeira e exagerada em todos os sentidos assim como esse povo... Tenho sangue italiano correndo nas veias! Me senti praticamente em casa.



Verona é uma cidade pequena, porém turística também. Começamos o passeio pela Piazza Brà, conhecemos Arena, que é como um Coliseu de Verona, foi construído em 30 a.C e é o terceiro maior do mundo. Hoje, o local funciona além de um ponto turístico claro, como espaço para eventos como shows, etc.


Piazza Brà


Arena
Dentro da Arena
Pausa pra conhecer o tão famoso sorvete italiano, e posso dizer que ele faz jus a essa fama toda. Que delíciaaaaaa de sorvete! O melhor que já tomei na minha vida. Só no primeiro dia tomei uns três. O mesmo posso falar das comidas, em especial as massas e molhos, todos leves e saborosos. E tudo num preço muito acessível. Um mês na Itália e viro uma bola. Ai ai...


Um dos principais motivos pelo qual Verona é famosa é por ser conhecida como a cidade do amor, onde Romeu e Julieta viveram.  Segundo andei pesquisando, é obvio que a história de Shakspeare não era real, mas os sobrenomes das famílias existem sim por lá e rivalidade entre famílias naquela época era algo tão comum... Por que não sonhar um pouquinho com a lenda?!...

Para ter acesso à tão famosa casa, passamos por um corredor onde infinitos casais apaixonados deixam seus nomes e juras de amor marcados nas paredes – já que estávamos lá, claro que deixei o nosso num espacinho minúsculo que encontrei entre tantos outros...  Mas ficou gravado lá ó:





Que munitinhu...
Passando por esse corredor, temos acesso à sua casa e a famosa sacada, que é super disputada para tirar uma foto. Como tinha que pagar para entrar na casa e já havia lido que não tinha nada demais lá dentro, só vimos por fora mesmo. Em frente a casa há uma estátua de bronze da Julieta, que diz a lenda, que quem passar a mão no seu peito terá sorte no amor – todos os turistas, sem exceção querem fazer esse ritual e o resultado é que a coitada da Julieta ficou com um peitinho desgastado...


Olha aí a famosa sacada...

A quantidade de gente querendo pôr a mão no peito dela é impressionante!
Turistando...

Saindo de lá, passamos pela Piazza Erbe, onde nos deparamos com uma feira a céu aberto que acontece há mais de 2000 anos. Lá você encontra de tudo: frutas (e saladas de frutas deliciosas), legumes, lanches, souvenirs típicos, pinturas, entre muitas outras coisas.


Chegando na Piazza Erbe
Comendo uma saladinha de frutas
Dessa praça passamos por algumas Igrejas, que diferente da Suíça são na maioria católicas. Tínhamos que pagar pra conhecer a maioria, e como o tempo estava tão agradável, resolvemos não ficar entrando em todas.


Aproveitando o dia lindo!

Por fim, conhecemos o Castelvecchio, que foi um Castelo e atualmente um museu que abriga esculturas, pinturas, estátuas e afins. Dele, passamos também por uma ponte sobre o rio Adige, com uma vista lindíssima e romântica.


De dentro do Castelvecchio


Ponte do Castelvecchio
Verona a noite também é super bonita, iluminada em seus pontos principais, os restaurantes nas calçadas, muita gente nas ruas – aliás, ô povo elegante! Se vestem super bem e dá vontade de comprar todas as roupas das vitrines. Me senti muito segura andando por lá a noite.




Pelo clima, pelas recordações, pelo tempo juntos, com certeza será um local inesquecível em nossas vidas!